domingo, 14 de julho de 2013

Scandal

 Sabe quando um programa é tão ruim, mas tão ruim que fica bom? Pois é, Scandal é totalmente assim.

Criada por Shonda Rhimes (responsável também pela série média, Grey’s Anatomy) Scandal se concentra em Olivia Pope (interpretada por Kerry Washington). Ela tem um escritório em Washington, D.C. e se define como uma gerenciadora de crises, ou seja, ela faz problemas (de proeminentes políticos e poderosos da capital americana) sumirem. Para isso, ela conta com um time de “gladiadores de terno” (sim, definição usada pelos próprios personagens – para vocês sacarem o quanto a Shona Rhimes tira um barato da nossa cara!). Essas pessoas são funcionários de Olivia, extremamente leais a ela e responsáveis por ações heterodoxas e ilegais, na maioria das vezes. Olivia tem direta ligação com a Casa Branca. Trabalhou na campanha para a eleição do presidente americano, Fitz (interpretado por Tony Goldwyn. Sim, leitores, ele é o cara que mata o Patrick Swayze em “Ghost”!) e teve um tórrido caso amoroso com ele.


Ao longo da curta primeira temporada (somente sete episódios foram produzidos) e dos vinte e dois episódios que compõem a segunda temporada, vemos o desenrolar dessa história entre Olivia e Fitz, várias conspirações e tramoias, muitas reviravoltas e somos apresentados aos demais personagens, entre eles, Mellie (a esposa de Fitz) e Cyrus Beene, o chefe de gabinete do presidente. Aqui faço uma pequena observação: numa série cujas interpretações pecam pelo excesso (É totalmente insuportável aguentar as caras e bocas de Kerry, ou a falta de expressão de todos os atores da equipe de Olivia ou a canastrice de Tony Goldwyn ) é gratificante ver o desempenho de um ator como Jeff Perry que faz de seu personagem, Cyrus Beene,  a melhor coisa da série, com seus ataques de raiva e estresse e suas frases hilárias.



O ritmo da série é alucinante, há reviravoltas em todos os episódios então se você piscar, você definitivamente vai perder alguma coisa. Durante a primeira temporada haviam casos semanais e um fiapo de história central. Na segunda temporada, sabiamente, Shonda mudou de estilo e focou nas intrigas e conspirações dentro da Casa Branca. Um acerto imenso! Tudo ficou mais interessante e um vínculo mais forte entre os expectadores e os personagens foi criado.

Não vou reclamar do fato de que todos os personagens fazem monólogos insuportáveis, intermináveis e cheios de lição de moral, nem vou reclamar das saídas mirabolantes que a criadora da série usa para os problemas dos personagens ou tampouco vou comentar sobre o pouco aprofundamento dos personagens (sim, eles extremamente rasos). Tudo isso torna a série chata, pedante, mas é tolerável. A gente se acostuma. 


O maior problema se Scandal é exatamente a sua protagonista. A Olivia Pope de Kerry Washington é um pé no saco. Como já mencionei acima, a atriz é tão fraca e faz tantas caras e bocas que fica difícil acreditar que ela está triste, magoada, feliz, excitada ou com raiva. E quando ela fica com lágrimas nos olhos? (Isso acontece o tempo TODO!!!) Ahh, eu é que sinto vontade de chorar. Além dessa performance capenga da atriz, a personagem é tão mal construída que dá dó. E ela só veste branco!! Meu Deus, coloquem um pouco de cor nas roupas desta mulher, figurinistas. Que inferno!!

Leitor, se você deseja assistir séries que retratem verdadeira e seriamente o dia-a-dia de um presidente ou intrigas de poder, procure série como House of Cards, Boss ou The West Wing. Garanto que vocês não se arrependerão. Mas caso vocês queiram algo leve, só para passar o tempo e que tenha essa temática, Scandal é a pedida. Afinal, mesmo com todos os defeitos, é tudo tão alucinante que quando você percebe, já está no final do episódio. 

by Alê

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